Coluna assinda por Junior Martins
Atualizado: Segunda ,28 de julho, às 14:
A Band confirmou o retorno de Márcia Goldschmidt à sua grade de programação, em uma decisão que mais parece um movimento desesperado do que uma estratégia bem pensada. A apresentadora, que marcou época nos anos 1990 com programas de apelo emocional, retorna em um contexto completamente diferente — e sua presença, hoje, soa deslocada e forçada.
Basta observar a atuação de Márcia nas redes sociais: exagerada, caricata e sem qualquer naturalidade. Falta timing, falta espontaneidade e, principalmente, falta conexão com o público que consome conteúdo digital. O estilo que ela tenta manter parece congelado no tempo, enquanto a linguagem da comunicação já virou outra página.
A Band, por sua vez, enfrenta dificuldades crônicas para se posicionar no cenário atual da televisão brasileira. Em vez de apostar em novas vozes, formatos contemporâneos ou conteúdo que converse com a realidade, opta por reviver uma figura que já não desperta o mesmo interesse — e que, claramente, não se atualizou.
O problema não é o passado de Márcia, e sim o presente. Em um mercado onde autenticidade é essencial e onde a internet dita o ritmo da comunicação, insistir em uma fórmula desgastada é um erro que custa caro. O público de hoje não se identifica com performances ensaiadas nem com o sensacionalismo repetido à exaustão. Querem verdade, novidade e linguagem acessível.
A Band parece, mais uma vez, perdida. A contratação de Márcia Goldschmidt expõe a falta de ousadia e a dificuldade de se renovar. E o mais grave: transmite a mensagem de que a emissora não sabe mais a quem está tentando falar.
Márcia está de volta. Mas quem vai assistir?
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