Publicado em 21/08/2025, às 19h27
Por Junior Martins- Direto da Redação
Marieta Severo é daquelas atrizes que não apenas interpretam personagens, mas marcam a memória coletiva do público brasileiro. Dona de uma trajetória que cruza teatro, cinema e televisão, ela se tornou sinônimo de solidez artística e respeito cultural.
Na TV, Marieta foi consagrada pela longeva Dona Nenê em A Grande Família (2001–2014), personagem que entrou no imaginário popular como espelho de tantas mães brasileiras. Mas reduzir sua carreira a esse sucesso seria injusto: basta lembrar de sua intensidade em Verdades Secretas (2015), onde deu vida a Fanny Richard, uma empresária da moda cheia de nuances e contradições.
No cinema, fez história em obras como Carlota Joaquina (1995), marco da retomada do cinema nacional, e nos palcos sempre se manteve presente, mostrando que o teatro é seu território natural.
Mas a grandeza de Marieta vai além da cena artística. Pouca gente sabe, mas a atriz sempre esteve engajada em causas sociais ligadas à classe artística. Foi uma das apoiadoras da construção de casas no Retiro dos Artistas, instituição que acolhe profissionais da cultura em situação de vulnerabilidade, e emprestou seu nome à Vila Marieta Severo, conjunto de residências erguidas em benefício desses trabalhadores que ajudaram a construir a história da arte brasileira.
Esse gesto reafirma sua dimensão humana: não apenas uma intérprete brilhante, mas uma mulher que entende a importância da memória, do cuidado e da dignidade dos artistas.
Marieta Severo não é apenas uma grande atriz. É patrimônio da cultura brasileira, cuja presença nos lembra o poder transformador da arte — na tela, no palco e na vida real.
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