Rafael Ilha voltou aos holofotes — não por mérito artístico, tampouco por contribuição relevante à cultura — mas por atacar uma mulher que representa exatamente o contrário: Preta Gil.
Ao questionar o investimento em saúde feito por ela, sua relevância na música e até o local de seu velório, Rafael expôs não uma opinião, mas um ressentimento travestido de crítica. Segundo ele, Preta “não era uma grande cantora”, e o Theatro Municipal seria “pretensão demais”.
A verdade é que Preta Gil construiu um legado. Cantora, empresária, produtora e ativista, foi voz ativa por representatividade racial, sexual e feminina. Cantou, liderou, sofreu e se posicionou. Sua despedida no Theatro Municipal foi justa, simbólica e merecida.
Já Rafael Ilha, mesmo tendo vencido A Fazenda, nunca se consolidou como artista, apresentador ou comunicador. Sua presença na mídia segue limitada a polêmicas vazias, declarações desnecessárias e uma busca constante por atenção a qualquer preço.
Criticar uma mulher que lutou pela vida, que deixou um legado afetivo, artístico e político, não é opinião — é crueldade. E mais: é desprezo pela própria trajetória da cultura brasileira.
Preta Gil foi, sim, uma das vozes mais importantes da sua geração. Se não pelo alcance comercial, certamente pelo impacto social.
O palco do Theatro Municipal nunca foi grande demais para Preta Gil. Pequeno, mesmo, é o seu olhar, Rafael.
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